Tempestade solar é o termo usado para descrever a liberação de plasma e campos magnéticos do Sol que atingem a Terra e outros planetas. Esses fenômenos podem causar distúrbios na atmosfera superior, no campo magnético terrestre e nas redes elétricas, além de gerar belas auroras nos polos.
Segundo o Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), uma tempestade geomagnética moderada de classe G2 deve ocorrer nesta sexta-feira (4) como efeito da chegada de uma série de ejeções de massa coronal (CMEs) que se aproximam do planeta.
As CMEs são explosões de plasma com campo magnético embutido que são expelidas de manchas solares na superfície do Sol. Elas podem viajar a velocidades de até 3 mil quilômetros por segundo e levar de um a três dias para alcançar a Terra.
Quando as CMEs colidem com o campo magnético da Terra, elas podem provocar tempestades geomagnéticas que alteram o fluxo normal de partículas carregadas na magnetosfera – a camada protetora que envolve o planeta. Isso pode afetar os sistemas de comunicação, navegação e energia que dependem dos sinais de rádio ou satélite.
De acordo com o NOAA, uma tempestade geomagnética moderada pode causar as seguintes consequências:
Indução de correntes elétricas que podem danificar transformadores e geradores em redes de energia;
Flutuação na voltagem que pode causar alarmes falsos em alguns dispositivos de proteção;
Problemas na orientação de satélites que dependem do campo magnético terrestre;
Degradação na precisão do posicionamento global (GPS);
Interferência em sinais de rádio de alta frequência nas latitudes polares;
Aumento no arrasto atmosférico em satélites em órbita baixa;
Aumento no brilho e na extensão das auroras boreal e austral.
O NOAA recomenda que os operadores de sistemas afetados pela tempestade geomagnética tomem medidas preventivas para evitar ou minimizar os impactos. Além disso, o órgão alerta que as condições podem mudar rapidamente e que é importante acompanhar as atualizações das previsões.
A tempestade geomagnética desta sexta-feira está relacionada ao aumento da atividade solar que ocorre em ciclos de aproximadamente 11 anos. O atual ciclo solar, chamado de Ciclo 25, começou em dezembro de 2019 e deve atingir seu pico em 2025. Nesse período, espera-se que as tempestades solares se tornem mais frequentes e intensas.