Naufrágio na Grécia: Paquistão inicia testes de DNA para identificar vítimas. Esse é o objetivo das autoridades paquistanesas, que estão em contato com a Grécia para obter informações sobre os mortos e desaparecidos no acidente que ocorreu na semana passada no Mar Jônico. O naufrágio é considerado uma das maiores tragédias migratórias da Grécia e um dos piores da Europa.
Segundo a Organização Internacional para Migração (OIM), o barco transportava cerca de 750 pessoas, sendo a maioria delas do Paquistão, Bangladesh e Afeganistão. Até o momento, 78 pessoas foram confirmadas mortas e 104 foram resgatadas. As autoridades temem que muitas pessoas possam ter ficado presas abaixo do convés ou se afogado no mar.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, Zahid Hafeez Chaudhri, disse que o governo está fazendo todos os esforços para localizar e identificar os paquistaneses envolvidos na tragédia. Ele afirmou que a embaixada do Paquistão em Atenas está em contato constante com as autoridades gregas e que já enviou uma equipe para Kalamata, onde os sobreviventes foram levados.
Chaudhri disse que o governo paquistanês está disposto a repatriar os corpos dos mortos e a facilitar o retorno dos sobreviventes, caso eles desejem. Ele também informou que o governo está coletando amostras de DNA dos parentes dos migrantes desaparecidos para ajudar na identificação das vítimas.
O naufrágio aconteceu nas águas internacionais do Mar Jônico, perto da península grega do Peloponeso. O barco transportava migrantes que viajavam da Líbia à Itália, seguindo uma rota pouco conhecida, mas cada vez mais utilizada, partindo do leste da Líbia. A Guarda Costeira grega informou que um avião de vigilância da agência europeia Frontex detectou a presença da embarcação na tarde de terça-feira (13), mas que os passageiros “recusaram ajuda”.
A Grécia, Itália e Espanha são os principais destinos de dezenas de milhares de pessoas que tentam chegar à Europa a partir da África e do Oriente Médio. A polícia grega prendeu nove homens – todos do Egito e com idades entre 20 e 40 anos – por serem os possíveis responsáveis pelo naufrágio.