Rita Lee morreu na madrugada desta terça-feira (9), aos 73 anos, em sua casa em São Paulo. A artista lutava contra um câncer no pulmão desde o final de 2022 e estava em tratamento paliativo. A notícia foi confirmada por sua família nas redes sociais.
Considerada a “rainha do rock brasileiro”, Rita Lee teve uma carreira marcada por inovações, polêmicas e hits que atravessaram gerações. Ela começou sua trajetória musical nos anos 60, como integrante da banda Os Mutantes, ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. O grupo foi um dos expoentes do movimento tropicalista e se destacou pela mistura de rock psicodélico com elementos da cultura brasileira.
Em 1972, Rita Lee deixou Os Mutantes e iniciou uma bem-sucedida carreira solo, que durou mais de quatro décadas. Ela lançou 21 álbuns de estúdio e vendeu mais de 55 milhões de discos. Entre seus maiores sucessos estão canções como “Ovelha Negra”, “Lança Perfume”, “Mania de Você”, “Doce Vampiro”, “Erva Venenosa” e “Amor e Sexo”.
Rita Lee também foi uma das primeiras artistas a se posicionar sobre temas como feminismo, direitos dos animais e meio ambiente. Ela se envolveu em diversas polêmicas ao longo de sua trajetória, como prisões, processos judiciais e brigas com a imprensa. Em 2016, ela anunciou sua aposentadoria dos palcos, mas continuou produzindo livros, quadrinhos e músicas para crianças.
A morte de Rita Lee causou comoção no meio artístico e entre os fãs. Diversos músicos, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Nando Reis e Pitty prestaram homenagens à cantora nas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro também lamentou a perda e disse que Rita Lee foi “uma das maiores vozes da música brasileira”.
Rita Lee deixa o marido, o guitarrista Roberto de Carvalho, com quem era casada desde 1976 e formava uma dupla musical; três filhos, Beto Lee, Antonio Lee e João Lee; e cinco netos.