O cantor Roberto Carlos está enfrentando um processo judicial por plágio na música Traumas, composta em parceria com Erasmo Carlos e lançada em 1976. A acusação é da compositora Maria da Conceição Tavares, que alega ter criado a melodia e parte da letra da canção em 1968, sob o título de Eu e a Brisa.
Segundo a autora da ação, ela enviou uma fita cassete com sua música para a gravadora CBS, na época responsável pelos discos de Roberto Carlos, mas nunca obteve resposta. Ela afirma que ficou surpresa ao ouvir Traumas em um programa de rádio e reconhecer sua obra. Ela então procurou um advogado e iniciou o processo em agosto de 2021.
A compositora pede que a música seja retirada das plataformas digitais e que Roberto Carlos e Erasmo Carlos sejam condenados a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil, além de uma compensação pelos direitos autorais violados.
Em entrevista ao portal Em Off, Roberto Carlos negou as acusações e disse que a narrativa da autora é “completamente fantasiosa e fora da realidade”. Ele afirmou que ela “não teria apresentado qualquer elemento de prova capaz de embasar o seu pedido indenizatório”. A defesa do cantor também alegou que houve má-fé da parte dela, que “foi incapaz de inserir nos autos qualquer link que permitisse ao juízo o acesso à canção que alega ter sido plagiada”.
O processo ainda está em andamento na 4ª Vara Cível do Rio de Janeiro e não há previsão de julgamento. Esta não é a primeira vez que Roberto Carlos é acusado de plágio. Em 2003, ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por plagiar a música Loucuras de Amor, do compositor Sebastião Braga, na canção O Careta, lançada em 1987.