O apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, está na fila única de transplantes do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber um novo coração. Ele está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 5 de agosto, com quadro de insuficiência cardíaca. No dia 20, o hospital divulgou que ele precisaria passar por um transplante cardíaco, devido ao agravamento da sua situação.
Faustão não é o único que precisa de um novo órgão para viver. Segundo dados do Ministério da Saúde, 65 mil pessoas aguardam na fila para transplante no Brasil, sendo 386 delas à espera de um coração2. Em 2021, foram realizados 334 transplantes de coração no país, uma queda de 18% em relação a 2020.
A fila única de transplantes é regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e leva em consideração o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso. Além disso, crianças têm prioridade sobre adultos3. A distribuição do órgão é feita por meio de um programa de computador, sem possibilidade de interferência humana.
Para receber um transplante de coração, é preciso estar com o cadastro ativo no Cadastro Técnico Único e ter indicação médica. O tempo médio de espera pode variar entre seis meses e um ano e meio, dependendo da disponibilidade de doadores compatíveis.
A doação de órgãos é um ato voluntário e altruísta que pode salvar vidas. No Brasil, a doação só pode ser feita após a confirmação da morte encefálica do doador, que é quando não há mais atividade cerebral. Nesse caso, a família do doador deve autorizar a retirada dos órgãos. Por isso, é importante manifestar o desejo de ser doador em vida e conversar com os familiares sobre o assunto.