O uso de óleo lubrificante falso em automóveis pode causar sérios danos ao motor e até mesmo colocar em risco a vida dos condutores. Segundo especialistas, os lubrificantes falsificados não atendem às especificações técnicas exigidas pelas montadoras e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), podendo provocar corrosão, desgaste, oxidação e aumento do consumo de combustível.
Além disso, os óleos falsos podem comprometer o funcionamento de peças vitais do motor, como pistões, anéis e bielas, levando a quebras e travamentos que podem causar acidentes graves. Por isso, é importante verificar a procedência e a qualidade do produto antes de realizar a troca.
De acordo com o Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes (Sindilub), cerca de 10% dos lubrificantes comercializados no Brasil são adulterados ou irregulares. Em outubro deste ano, a fiscalização da ANP apreendeu mais de 130 mil litros de óleo lubrificante veicular sem registro na agência em São Paulo.
Para evitar cair nessa armadilha, o consumidor deve observar o rótulo da embalagem do produto, que deve conter informações sobre a origem, a qualidade e o registro na ANP. Também é fundamental seguir as recomendações do manual do proprietário do veículo quanto à especificação do óleo adequado para cada modelo.
O código que identifica o lubrificante é formado por números e letras que indicam sua viscosidade e sua classificação (SAE e API são as mais comuns). O primeiro número se refere ao comportamento do óleo quando o motor está frio (quanto menor for esse número, mais fluido será o óleo) e vem acompanhado da letra W (de winter). O segundo número se refere à viscosidade do óleo quando o motor está quente (quanto maior for esse número, mais espesso será o óleo).
Um exemplo de especificação é SAE 0W-30 sintético. Isso significa que esse óleo tem uma viscosidade baixa quando frio (0W) e uma viscosidade média quando quente (30), além de ser composto por moléculas artificiais que garantem maior proteção ao motor. Esse tipo de óleo pode ser indicado para carros modernos que exigem um lubrificante mais eficiente.
Ao escolher um óleo lubrificante para seu automóvel, lembre-se: nem sempre o mais barato é o melhor negócio. Opte por produtos originais e certificados pela ANP e pelas montadoras. Assim você garante a saúde do seu motor e a sua segurança.